terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O tempo é um anarquista....

Existem temperos diferentes:
são lágrimas
são risos
são medos




Eu, inutilmente, gritei. Espiei pela janela da vida e me surpreendi. Eu tentei arrancar a dor que sentia. Tentei puxá-la para fora do meu corpo, mas o máximo que consegui foi limitá-la ao choro, que aparecia descontrolado. Achei que fosse me perder e que meu futuro estivesse mais incerto do que nunca. Cheguei a acreditar, por um minuto, que não havia mais caminho a seguir.
Eu me sentei e esperei pela loucura. Esperei pelo tempo. Esperei a vida passar. Esperei pela esperança. A esperança que todo pôr-do-sol costumava me trazer, dessa vez não veio. Tudo ficou vazio e, mesmo assim, apertado. Era quase clautrosfóbico. Doia. Doia como o peso da decepção. Era o peso do sonho destruido.
Eu fiz silêncio. Nenhuma palavra podia dizer muito por mim.
Eu quis o fim.
Eu sabia que não ia acabar ali. Ainda existiam outras opções.
Eu cedi.
Eu lutei quando achei que não tinha mais forças.
Eu perdi.
Eu venci.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

That's Wonderland!

Já se sentiu num mundo cheio de loucuras e confusões,
onde você é apenas uma garota...?
Uma garota que não pertence àquele lugar!?
Não... isso não é uma música.
É apenas a verdade,
a verdade de como eu me sinto.
Não quero drama, nem crise, nem dor, nem lágrimas!
Não quero sofrer, mas sei que vou.
Se eu pudesse escolher, só sorriria.
E todos os outros também.

Às vezes olho a volta e é como se não me achasse.
Meu mundo é feito de quatro paredes e muita, muita solidão.
Vez ou outra, ela até me cai bem. ;)
Não quero morrer, não tô desistindo, nem cansada da luta diária que a gente tem pra viver... ou melhor, sobreviver.
Só tenho expectativas e e elas se destroem sozinha frente aos meus olhos e eu... não posso fazer nada.

Tudo está assim. Torto. Distorcido. Daltônico.
Conceitos, sim. Muitos deles.
Não, não um mundo de conceitos.
Um mundo de desejos!?

E eu fecho a porta e a tevê da sala está ligada.
Olho a volta. Quatro paredes. Mundo paralelo?
Não, não. Mundo de solidão!
Mundo que muitos desconhecem.
Mundo em que paredes e móveis são teus amigos.
Mundo onde você pode gritar a vontade.
Gritar por dentro. E ninguém vai te ouvir.
Ninguém te resgata. Por mais que você queira.
Dias, tardes e noites se passam assim. Semanas, meses e anos vão embora. À toa!?
Não sei.
Não tente entender. Não que isso seja inexplicável.
Não é. Não é cura de doença, nem luto.
É apenas confusão. Gira, gira, gira, gira...!
Sozinho outra vez!?
Não entenda apenas.
Se você quer tentar, aviso a você: é difícil!

Então... WELCOME! Veja esse mundo que descobri.
Não é dos mais bonitos, nem mais interessantes.
Muito menos mais ricos.
Mas é o único. Único dessa vez.
Esse, é o país das marvilhas!
Meu. Só meu.



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Escrevi há tempos, mas ainda faz sentido.
Ainda é real. Acho que sempre vai ser.


"Be my mirror, my sword....
I know Saint Peter won't call my name."
(Coldplay)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A verdade?

Diria que a verdade não pode ser compreendida pelos tolos, porque sua visão superficial amarra-os na crenças e bobagens inescrupulosas. Diria, ainda, que quem julga e tenta enxergar unicamente com os olhos, sempre há de se enganar. Diria mais. Diria que tantos querem a beleza do corpo, mas esquecem-se de suas mentes vazias, enquanto esmurram a vida e recebem desaforados pontapés da mesma. Diria também que, enquanto as pessoas não virem que a verdadeira beleza - a da mente, a interna - e a bondade ainda existem em alguns, tudo será falso, tudo será insano.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

De hoje...

Não tenho tempo suficiente pra alimentar meu ego e sustentar as minhas vontades. Não é questão de egoísmo, mas é que sempre me disseram pra tratar bem de mim mesma. Eu tento. Tento o tempo que posso, mas parece que uma das minhas brincadeiras favoritas é me ferir. Sou hábil demais nesse ramo. Porém, perigo mesmo é ferir os outros. Com o passar do tempo me tornei mestre nessa arte também. Orgulhosa disso? Nem um pouco. Da única coisa que tenho orgulho é do que me tornei. Aprendi a gostar até dos meus defeitos. É estranho, mas os considero dignos. Dignos de alguém de verdade. Motivos para sempre tocar no 'ser de verdade'? Porque vejo muitos de mentira. Cada dia mais. Eles estão enchendo o mundo com suas hipocrisias e falsidades. Enchendo as ruas de mentiras e crueldades. Sabe-se lá se existe algo para fazer. E, assim, nesse instante, eu percebo que sou tão impotente. Às vezes me acho muito pequena. Muito pequena pro mundo. Às vezes eu acho que o mundo que é pequeno demais pra mim. Sabe-se lá o que é a verdade. Também, a verdade é relativa. É minha e não sua. Ou sua e não minha. Confuso, mas real e sincero. De tempos em tempos, olhar pra fora do 'eu' é a melhor saída mesmo.




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Por que todos os meses têm 5 posts? Porque eu me obrigo a escrever pelo menos essa quantidade.
Por que eu sempre deixo pra postar com freqüência no final do mês? Sei lá!
Por que eu sempre escrevo sobre as mesmas coisas? Porque, quase sempre, é só o que tenho e penso.
Por que eu pareço egoísta, ainda assim? Porque talvez eu seja mesmo.

Enfim. Por ques e porques sem fim!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Over, over, over. And over again!

De poucos anos, fez-se longa história. De longa história fez-se bruta dor. De bruta dor fez-se constante medo. De constante medo fez-se o que sou.
Dizem que o tempo é remédio para tudo. É mentira. Pelo menos para mim é uma grande mentira. Não adianta pintar ou cortar o cabelo. Não adianta mudar de casa ou comprar roupas novas. Não serve. Nada serve. Você nunca pode fugir de você mesmo ou do seu passado. A questão é, e sempre vai ser, que mesmo que você não seja o culpado de tudo, eles farão com que você se sinta assim. É inexplicável. Não adianta questionar-se o resto da vida sobre o que você tem de tão errado, quando a culpa é do outro. Não resolve. Mesmo que você acredite que você pode consertar tudo... machuca saber que você não vai. Por mais que você tente. Por mais que você passe anos e anos tentando. Existem pessoas e pessoas. Mundos e mundos. De repente, eu não pertenço ao deles.
É hora de olhar para frente e, quem sabe, até acreditar que agora pode ser diferente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Got a secret. Can you keep it?

Se eu pudesse contar tudo que sinto por ele, tenho certeza que ele iria tremer. É tanto que ele nem espera, não percebe e não vê acontecer. Ele não vai, eu sei. Mas, já é tempo. É Novembro. Meu doce novembro.
Não me deixe ver o fim de tudo isso. Não me deixe passar despercebida na sua vida colorida. E agora, é para você que eu canto e é de você que eu me escondo. Fujo do teu olhar, do teu sorriso, por não querer me perder, me odiar. É que tão perto, eu nem percebo e tenho medo de perder o controle. Já nem preciso mais dizer que te quero e que eu te espero, o tempo que for. Eu queria mesmo era te dar a mão e sonhar acordada. Só que eu tenho medo da dor e ainda não é hora de voltar para casa. Então, eu acredito que, no final, tudo vai estar como deveria. Eu ainda vou ser Cinderela, mesmo que por apenas um dia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Sweet November?

Foi difícil. Foi muito difícil. Dia triste, confesso. Andar por toda aquela solidão e silêncio, em meio as flores que tanto admiro, apesar de serem flores de dor. Túmulo de Cruz e Sousa, Marechal Hermes da Fonseca. Imprensa. Bobagens e mais bobagens.

Foi difícil. Foi muito difícil saber que o que resta dele são apenas alguns ossinhos, a platina do braço e os parafusos dos braços, pernas e joelhos. Mas, eu percebi, mais uma vez, que o que é nosso é extremamente maior do que aquilo. Nossa história, nossos sacrifícios, nosso segredos, nosso amor. É tão maior. Maior que caixões e corpos. Maior até que a própria dor. Maior que o tempo. Algo que se leva na memória, algo pelo que se chora por toda a vida. O que eu queria mesmo era acreditar em outras vidas. Acreditar em qualquer coisa após a morte. Acreditar nessa luta e saber que poderia reencontrá-lo um dia, levasse o tempo que levasse. Precisava desse conforto, mas não posso tê-lo. Não posso mentir para mim.

Foi difícil. Foi muito difícil escrever isso tudo sem derramar lágrimas. É sempre cruel quando lembro daqueles dez anos lindos que passamos juntos e do último abraço. Lembro do sorriso dele e de tudo que ele fez por mim, mesmo quando eu nem estava no colo dele. Lembro dele todos os dias. Sinto a falta dele todos os dias. Choro por ele todos os dias. E sempre vou.


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Se eu acreditasse em coisas do gênero, diria que sou uma capricorniana pura. Não acho que astros no dia do seu nascimento digam como você é, nem que o posicionamento deles nesse instante mostre o que vai acontecer no seu dia, mas é inegável a semelhança com a dita 'personalidade de capricorniano'. Vai saber.

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Repito: O sentimento que eu mais odeio? Saudade.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

My Northern Downpour

Se você pensa em mandar flores no meu enterro, adiante-se: prefiro recebê-las em vida.
Se você pensa em me dizer algo, adiante-se: não sei quanto tempo teremos.
Se você pensa em me aconselher, adiante-se: o erro está cada vez mais próximo.



Não é que ser romântico, ao extremo, não compense. É que dói. Você se torna melancólico e idealiza tudo. Você sabe o que vem depois, mas não consegue evitar. Não dá pra segurar aquele mar de pensamentos que te magoam tanto. Só sei que ser romântico mesmo, clássico e intenso, é difícil. Requer prática, tempo e dedicação. Gastei dezessete anos me aperfeiçoando e conhecendo os detalhes e males disso tudo. Por mais que eu tente fugir, não adianta. Você, simplesmente, não pode ser algo que não é. Você continua se controlando e esperando que todos te amem daquela mesma forma. É uma forma linda, perfeita. Não nego. Seria incrível se tudo fosse assim. Todo nascer de sol cor-de-rosa, todas as nuvens de algodão, todas as ondas azuis. Todas as promessas e flores e anéis e viagens e oceanos e olhares e sorrisos. Tudo que não foi feito ou dito. Tudo que se corrói, cedo ou tarde, lento ou rápido. Tudo que se apaga em mim. Mas dói. Como dói...
E daqui pra frente, se eu der as costas pro mundo, esquecer até de alguém especial, você vai entender que foi a decepção, a ausência, a eterna necessidade da presença. E mais uma manhã se sepulcra, agora. Lenta e triste. Sozinha. Mas dói. Como dói...

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•Northern Downpour - Panic! At the disco


If all our life is but a dream,
fantastic posing greed.
Then we should feed our
jewellery to the sea.
For diamonds do appear to be.
Just like broken glass to me.

Then she said she cant believe.
Genius only comes along in storms
of fabled foreign tongues.
Tripping eyes, and flooded lungs.
Northern Downpour sends its love.

Hey moon, please forget to fall down.
Hey moon, don't you go down.
Sugarcane in the easy morning.
Weathervanes my one and lonely.

The ink is running toward the page,
it's chasing off the days.
Look back at boat feet and that winding knee.
I missed your skin when you were east.
You clicked your heels and wished for me.

Through playful lips made of yarn that fragiled Capricorn
unravelled words like moths upon old scarves.
I know the world's a broken bone,
but melt your headaches call it home.

You are at the top of my lungs.
Drawn to the ones who never yawn.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dark outside*

I keep moving to make it better,
but I never know when is time to go home.
It's unbreakable....

E assim, eu começo. Começo e, ao mesmo tempo, recomeço. Esse meu ciclo vicioso, sem fim. A minha saudade, como a dele... saudade de tudo que eu ainda não vi.
Meu retrato de melancolia, minhas figuras marcadas e caixas vazias. Incompreensível não por escolha, mas por nascimento. E tem vezes que nem eu me entendo. Só sei que já cansei de cantar a dor. A dor recorrente, a dor de sempre. Essa dor que também anda em círculos.
Lembro dos momentos em que enlouqueci dentro de mim. Momentos em que gritei para ninguém ouvir. E aah... é coisa do tempo, coisa de momento. Amor de menina. Verso em prosa e poesia. E das promessas, que nenhuma seja partida. É que não faz muito sentido, se pensar bem. É que é um anel. É um eterno vai-e-vem. Agora, chega a hora de voltar. Infindável para acompanhar.




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Mas não me engana, não mente pra mim, amor. É que eu venero a beleza e detesto o horror. E se for pra ser perfeito, assina teu nome no final.


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Sou de palavras soltas, às vezes. De pensamentos complexos e desconexos, até. Nem tudo é verdade e nem tudo é mito. Minha vida, minhas palavras, meus sonhos e meus pesares.

Beijo e até quando a vida permitir.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

OM MANI...

Eu tenho sede de tudo aquilo que não vou viver, porque tenho me libertado a cada dia, mais e mais, atingindo momentos de pura liberdade. Liberdade que eu jamais imaginei ter. Tudo, porque é a liberdade mais difícil de se conquistar. É a liberdade de ser o que se pode e o que se quer ser. A liberdade de tentar ser tudo que sempre imaginou e a liberdade de fazer coisas que você nunca fez antes. A liberdade de nadar contra a corrente e vencê-la, mesmo com esforço. A liberdade de uma alma crua e verdadeira. A liberdade do sorriso e da sinceridade. Uma liberdade louca. Uma liberdade responsável e, às vezes, compartilhada. Liberdade sem compromisso, arrependimento ou pesar. Liberdade para mente e para toda loucura revoltar. Liberdade de quem pensa o que quiser e não tenta freiar. Apenas deixa seguir de curiosidade, só para ver onde isso tudo vai desaguar. Liberdade selvagem e de um espírito trancafiado em solidão durante sete longos anos, sem dar a mão. Liberdade de quem muitas vezes temia ousar ser e liberdade extrema que não quer se ver julgar. Liberdade que pode ser efêmera, mas ainda assim, válida por tentar. Liberdade de sorrir na rua e ceder espaço a quem quiser passar. Liberdade de pisar torto e não ter medo de tropeçar. Uma liberdade rara e difícil de doar, difícil de conseguir para sempre. Liberdade madura e decidida, nada inconseqüente. Liberdade que não se ensina, só se aprende. Liberdade que te devora e te desprende. Liberdade para poucos e raros, liberdade que transforma a gente.




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Porque no dia em que existirem palavras pra explicar tudo que há em mim, eu faço questão de decorar todas, só pra entender cada pedacinho, enfim.


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Kill yourself and don't fuck with my mind! :)



... PADME HUM!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

; Unbreakable

Não há motivos que justifiquem o desejo de querer mudar as outras pessoas. Ganhamos bem mais, pelo lado positivo ou negativo, quando as aceitamos exatamente como são. Interferir no 'eu' alheio é cruel e injusto e não resulta em nada. Quando damos liberdade para que os outros ajam de forma sincera conosco, estamos dando espaço a ações verdadeiras e honestas. Um eu verdadeiro, mesmo que nada perfeito, é preferível a uma máscara, que se baseia na sofrimento e na dor. Ferir a personalidade alheia e torná-lo cativo ou refém do mundo e é quase a morte, pois se mata parte do outro.
Não há nada que se possa fazer para que as pessoas te amem. Além disso, é muito melhor que elas te amem pelo que você é de verdade e que você faça o mesmo. Assim, não posso obrigar ninguém a gostar de mim. Posso dar, apenas, bons motivos para que as pessoas vejam que eu mereço algo. Tão importante quanto isso, é jamais esquecer que, não é porque não te amam da forma que você bem gostaria, não quer dizer, de forma alguma, que não te amam com tudo que podem.Mais uma vez: é a importância de cada um ser o que realmente é.
No mundo de hoje, onde as aparências, a hipocrisia, a mentira e falsidade reinam, o mínimo que você pode fazer é respeitar como você é e respeitar o outro, da mesma forma.



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Sem ser MUITO tendenciosa, mas... GABEIRA, 43! hahaha ;)
Eu disse e vou repetir: ele vai ser o próximo prefeito!

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"It would be so nice if something could make sense for a change."
Alice in Wonderland...

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domingo, 5 de outubro de 2008

A vida me ensinou a lutar pelo que é meu

"Estou lutando pra me recompor.
De qualquer jeito seu sorriso vai ser meu raio de sol!"

Eu poderia dizer que deus me deu presentes, mas como não é assim que funciona, vou te dizer que foi a vida que me deu presentes. Eu só sei que aprendi, há tempos, a lutar pelo que é meu. Não tente me dizer que não é assim ou que estou errada, porque já conclui que não. Já vi coisas demais pra ser ingênua a esse ponto. Sim, viva todas as revoluções! Sejam elas minhas ou suas. Não quero mais saber. É a paixão que move tudo. Sim, é. A lealdade aos seus ideais é totalmente necessária.
Eu nunca vou ser certinha ou padronizada e vou ser eternamente incompreendida por muitos. E quer saber? Que se ferre. Não preciso que me entendam e sim que me respeitem. Só preciso que aceitem o fato de que eu não vou pra balada, não vou pegar todos, não vou beber até cair e não vou sair de mim. O fato de que eu vou gritar até morte, se for preciso, e defender tudo em que acredito com tudo que posso. São meus ideais e idéias são bulletproof, não é? E mesmo que eu não diga nada, para não me estressar, a verdade vai estar bem clara nos meus olhos.
É, são meus ideais, minhas paixões e eu sempre vou ser leal a tudo que eu amo. Aguente a minha revolta, quando ela se manifestar, talvez seja a maior demonstração da verdade que você vá ver na sua vida! (:

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Make it happen...

O que é amor de verdade se os homens andam sozinhos e maldizendo uns aos outros por aí?
Caminhas como se a vida fosse fácil, falas como se soubesses de todas as verdades e atiras pedras como se nunca houvesses errado. És o erro e o imperfeito. És simples humano, insano, carnal e, justamente, o oposto do sublime amor. És frio e calculista. Não és doce ou dedicado. Portanto, não me firas se não te quero. Não me julgues se te desespero. Não me sigas porque não tenho caminho. Quando aprenderes o que é amor, grita meu nome. Enquanto não, divagas em tua fria solidão. Mas não te atires do abismo, porque não quero ter de ir atrás e te buscar. Não me faça abrir as asas, tão bem guardadas, e mostrar o pranto, por sofrer tanto em te proteger do encanto que mora na minha canção. É como a canção do vento, é a nobre canção do que é o amor. Então, se fizeres assim, verás, em breve, que a dor é remediável, se com amor ocupares teu coração.

domingo, 28 de setembro de 2008

RH +

São tuas doces palavras, palavras de medo, que me levam até o desconhecido. É o teu passado, teu juízo, teu martírio, a força em mim. É teu abraço, o meu calor. É o teu sangue que escorre, a morte em mim. É tua alma em guerra, lei sem fim. É tempo certo. É tempo de amar e de colher. Tempo de restaurar. Tempo de aprender. É o encanto e magia na tua leve melancolia que me fazem querer crescer.



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-> "SOU UMA PESSOA MUITO OCUPADA: TOMO CONTA DO MUNDO"
(Clarice Lispector)

sábado, 27 de setembro de 2008

Chama-me Natureza ou Pandora; sou tua mãe e tua inimiga.

O agora não importa mais se
só pensas no que está por vir.
Me diz que o tempo é mensageiro
e traz palavras de um futuro bom.
Como pegadas na areia,
apagadas pelas ondas,
o passado se desfaz.
Por trás das ondas quebradas,
simples pôr-do-sol.
Porque tudo que nasce, se põe.
E a dor que um dia era agora,
se torna ontem.

domingo, 21 de setembro de 2008

Inutilidade [?]

Resolvi fazer uma lista de lugares que eu quero conhecer.
Bem, pra quem não sabe, um dos meus maiores sonhos é viajar o mundo todo. Então, sem ordem alguma, resolvi fazer a tal lista. Quero dizer... atualizá-la, já que a outra tá beem velhinha (Y)
Segue...

Londres, Rep. da Irlanda, Luxemburgo, Fernando de Noronha, Manaus, Brasília, Paris, todo o sul da França, California, Nova York, Itália (sim, toda a Itália de preferência. E sim, isso inclui o vaticano e o irritante do papa que eu detesto. Antes que vc me acha uma vilã ou possuída... não, eu não gosto da juventude de Hitler... e realmente paro pra pensar se o alistamento era obrigatório... enfim! É, ele foi da juventude de Hitler), Grécia, Moscou, Polônia, Rep. Tcheca, Ucrânia, Japão, Hong Kong, Índia, Tibet (viva o Dalai Lama!), Indonésia, leste da Austália, Polinésia Francesa, Dubai, Israel, Alemanha, Espanha, Portugal, Havai, Suíça, Finlândia, Noruega, Mônaco, País de Gales, Marrocos, Egito, África do Sul, Nova Zelândia, Chile e Argentina (incluindo a Patagonia), Panamá,México, Canadá (tá...só Vancouver!), fazer a Trilha do Che (é, gente, eu gosto do Che!).

Deve ter muito mais, mas não consigo lembrar agora. Minhas responsabilidades humanas me chamam.
Bom dia.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Mysterium? Via!

Eu escrevo porque a vida me dói. E me dói em agudo.
Eu canto porque a minha alma não cabe em mim.
Eu danço porque a loucura precisa de um corpo assim.
Eu faço a minha sinfonia, a minha própria orquestra.
Eu me faço de trovadora solitária, que para o rei governa.

Eu sorrio e crio a cena. Meu palco e meu espetáculo.
Eu fecharei as cortinas sozinha e sairei com aplausos.
Eu me dou o luxo de roubar a cena e os holofotes.
Eu encanto se quiser, como o canto da sereia, só por atuar.

Eu faço o jogo e faço as regras.
Eu dito a hora em que você sai da cena.
Eu digo, ainda, quando você deve se calar.

É pequeno, o prazo.
É um simples cenário.

Só essa vida que eu tenho para estrelar.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

E quando a hora chegar, volta!

O meu mundo...
Por que não falar dele?

Eu vivo de forma diferente da maioria das pessoas, apesar de ter muitos interesses em comum com elas. Eu tenho conceitos e valores que podem parecer estranhos para muitos e eu já cansei de ser julgada por isso, mas não há nada que eu possa fazer. Eu não tenho religião e eu sequer acredito em um deus. Eu acredito nos sentimentos, na força do pensamento e em tudo de bom que podemos fazer uns pelos outros. Sei que várias pessoas desejam e praticam o mal umas as outras, mas eu não sou assim. Eu não consigo passar um dia sem sorrir, mas nem um dia sem chorar. Eu vejo e entendo o jogo, mas não quero participar dele. Eu sempre fui sozinha e poucas vezes gosto de estar assim. Gosto muito das pessoas com conteúdo, porque grande parte das que eu conheço me cansam. Eu sou fiel a quem é fiel a mim. Eu tenho como defeito e qualidade a sinceridade. Eu não bebo refrigerante há 3 anos quase. Eu não gosto muito de sol. Eu detesto calor. Eu gosto muito de frio, cobertores, chocolates, flores, estrelas e lua, filmes e séries, livros e conversa inteligente. Eu não suporto futebol. Eu sou impaciente e até intolerante. Eu acordo às 6 da manhã de segunda a sábado, mas detesto acordar cedo. Eu durmo tarde, mas detesto dormir pouco. Eu danço sem música e estou cantando quase sempre. Falo bastante e às vezes fico muito calada. Eu penso mais do que deveria pensar e eu sinto mais do que deveria sentir. Eu sou exagerada constantemente. Eu sou muito ciumenta e gosto de cuidar e proteger todas as pessoas que eu amo. Eu tenho tendinite no ombro e cotovelo direito, além da crônica no tornozelo direito. Tenho rinite e sinusite alérgica. Tenho todos os tipos de alergia respiratória. Tenho a saúde relativamente frágil e minha temperatura corporal normalmente é de 36,9°. Eu amo aprender e odeio estudar. Eu sou sonhadora e romântica de carteirinha. Eu amo contos de fadas e toda aquela perfeição que nunca vou ter. Eu tenho paixão por lugares e países novos. Meu maior sonho é viajar o mundo todo. Eu tenho muito medo de escuro. Eu sou vegetariana há quase 1 mês e ando preocupada com as minhas proteínas. Eu me alimento muito mal e tenho um paladar tão apurado que chega a ser detestável. Eu tenho 4,75° de miopia no olho direito e 3,75° no olho esquerdo, além de alguns mais de astigmatismo em ambos os olhos. Uma parede do meu quarto é rosa e eu tenho borboletas de origami pendendo do teto. Eu desenho desde os 4 anos de idade, mesma idade com que comecei a estudar. Eu amo escrever, mas detesto revisar e procurar erros. Eu gosto de escrever o que vem na minha cabeça, o que eu sinto, o que eu observo e o que eu imagino. Eu sou extremamente observadora e detalhista. Eu sou sistemática e perfeccionista. Eu odeio tomar remédios. Eu amo beber água gelada. Eu amo o mar e as ondas. Eu sempre quis ser bailarina, cantora, escritora e pianista. Eu sempre quis salvar vidas. Eu leio sobre doenças e tratamentos quando não tenho muito o que fazer. Eu amo o cubinho colorido e palavras-cruzadas. Eu tenho exemplos, mestres e ídolos, mas não quero ser igual a nenhum deles. Eu odeio sentir saudades e sofro desse mal constantemente. Eu tenho características depressivas. Eu me estresso com facilidade. Eu só trato bem quem me trata bem. Eu sou muito sensível e sentimental. Eu calço 34 e tenho 1,64m de altura. Eu quero perder uns 3kg, porque gordura me assusta muito. Eu adoro fotografar e ser fotografada. Minha cor favorita é o rosa. Eu prefiro a prata ao ouro. Eu amo a minha infância com tudo que posso. Eu tive namorados ruins e falsos, eu tive amigos e amigas ruins e falsos e tenho muito medo de me machucar de novo. Eu quero cursar direito ano que vem. Eu amo Clarice Lispector, JK Rowling e Shakespeare. Eu amo cinema e teatro.
E se você me vir por aí, eu vou estar de jeans, pulseiras no braço esquerdo, cabelos soltos e olhando sempre pra frente. Não mais que isso, não menos que isso.

Me dêem a calma, que eu te dou a paz. Me dêem a verdade, que eu te dou meu coração. Me dêem a sinceridade, que eu serei leal. Me dêem o respeito, que eu respeitarei. Me dêem o amor e eu darei a perfeição.


(eu sei quando usar a ênclise, mas eu gosto da próclise! :/ )

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

NOBODY SAID IT WAS EASY...

As coisas que eu vi, ninguém mais conseguirá ver. Tudo que eu sinto está guardado em mim. Quando fecho os olhos, eu posso sentir. Todas as cenas passam novamente na minha cabeça e eu percebo, outra vez, que a vida não é brincadeira. Todo sangue que corre na veia, toda vida que corre na estrada. Nessa longa estrada, sem futuro definido, sem chão previsto, somos tudo e ao mesmo tempo, nada. E o que fazer se o corpo é frágil e não posso ter nada além dele? O que fazer se a felicidade não é plena e o tempo é curto demais pra vencer tudo que eu quero vencer? Eu não posso mais parar por aqui. Cada vez mais eu percebo que tenho que seguir. São muitos ao meu redor e muitos que precisam de mim. Mesmo sem saber, mesmo sem querer, eu vou. Vou porque ninguém nunca me disse que ia ser assim e já chegou a hora de acreditar em mim. Não há tempo pra se arrepender. Não há obstáculo pra me prender. Se meu corpo me permitir, eu hei de chegar, pois tudo da mente só depende de mim e dessa minha vontade louca de ficar. É preciso ser, mas não é preciso ter.
Eu não vou te esquecer, eu prometo. Sequer te dei a mão, mas eu nem posso me culpar. E por ti e por mim, por outros e pelo que não fomos, eu tenho que seguir. Era cedo demais pra dizer adeus. Agora, não há que se fazer. Fecho os olhos e elas vêem outra vez. Peço perdão por mim, peço perdão por você.


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http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/08/21/motorista_de_kombi_perde_direcao_sobe_em_calcada_atropela_quatro_na_penha-547865406.asp

Acorde às seis da manhã, saia de casa às sete. Olhe tudo a sua volta. Não veja os corpos no chão, evidente.
E assim você segue a vida...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O sangue que corre em mim sai da tua veia.

"Mudaram as estações. Nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu. Tá tudo assim, tão diferente! Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre? Sem saber que o pra sempre, SEMPRE acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou. Quando penso em alguém, só penso em você. E aí, então, estamos bem? Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está. Nem desistir, nem tentar. Agora tanto faz... estamos indo de volta pra casa."

Cada dia que se vai, eu tenho mais certeza que eu não seria nada, asbolutamente NADA, sem ele. Por motivos óbvios, é claro. Mas, mais que isso! Não pelo que ele foi com os outros, mas pelo que ele foi comigo. Não pelo que ele deixou, mas pelo que ele construiu. Não pelo que ele disse, mas pela forma como ele agiu.
Como a vida, como a água, como o vento. Complexo, necessário e sincero. Não posso mais tocá-lo, mas sinto seu sorriso cada vez mais. É um silêncio profundo, mas a voz dele ainda ecoa dentro de mim. Ele se foi. E eu sei que se foi pra sempre, mesmo sem querer acreditar nisso. Ele me deixou, mas não por querer. Sei que ele jamais escolheria isso, qualquer que fosse a situação ou a condição.
Hoje sinto falta das tardes que passamos juntos. Sinto dor por não tê-lo para ouvir tudo que eu sempre quis dizer. Muitos não o conheceram e sequer ouviram falar dele. Quem teve essa HONRA jamais o esqueceu e o esquecerá. Eles me dizem isso o tempo todo, e eu sei que é verdade.
Quem teve avô, sabe como é. Mas ninguém soube como era ter o MEU avô. Ele foi e sempre será único para mim. Eu fui e sempre serei única para ele. A eterna garotinha....
A garotinha que ficou guardada em mim. A garotinha que eu sou tantas vezes, mesmo sem querer, porque não se pode esconder quem você é na realidade. A garotinha que ficou lá, durante tantos anos. A garotinha que nunca vai crescer, porque o passado, somente o passado, é o que ela tem dele dois. A garotinha que tinha o mundo nas mãos e vivia no seu próprio mundo. Aquela garotinha não se foi... não é preciso dizer isso. Ela nunca irá.
E um dia, se eles se reencontrarem, ela vai sorrir aliviada porque encontrou a sua infinita paz. Um conto de fadas com um final feliz...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O sertão JÁ virou mar.

Tantas coisas mudam...
Não tenho muito o que dizer, já que duzentas coisas estão passando pela minha cabeça agora e é impossível escrever assim. Só sei que as coisas não estavam certas, não estavam mesmo! Porém, o que fazer quando você não perdoa seus próprios erros e não consegue não se afogar no seu próprio mar? Eu sempre fui meio difícil, meio perdida nos meus pensamentos e, mesmo assim, sempre agi como se tivesse certeza dos meus atos. Sempre pensei demais, analisei demais e várias vezes deixei de ver o que estava na ponta do meu nariz. Não acho que isso seja errado ou certo - não dá para simplesmente mensurar a minha personalidade ou julgá-la. O fato é que eu não gosto do rumo que as coisas tomaram, mas não consigo achar minhas soluções ou respostas. Minha cabeça dói, meu mundo gira e eu ainda procuro mais uma das minhas verdades...

É isso, então, eu acho...

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Senti-me morta tantas vezes que quando a estrela da vida brilha dentro do meu corpo, fico sem saber como agir. A sensação de mudança nunca me trouxe conforto, mas eu nunca fui de me acomodar. Seria um novo caminho ou mesmo caminho com passos diferentes?

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Beijo e namastê ;)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O infinito é realmente um dos deuses mais lindos!

O mundo não me conhece e talvez nunca vá me conhecer. Eu não sou importante para o mundo, mas o mundo é importante para mim. Sou mais uma em mais de seis bilhões. Entretanto, com sorte, eu talvez consiga significar algo na vida de algumas pessoas. Talvez eu seja importante para elas e minha presença as alegre. Talvez eu as chateie ou as enoje. Talvez elas venham a me odiar ou a me amar.
Por maior que eu seja, meus passos não serão seguidos pela humanidade, mas pretendo deixar algumas marcas. Marcas nas pessoas que conviveram comigo. Que as minhas ações sejam as melhores para mim e para todos os que dividem o mesmo céu que eu. Que as minhas palavras sejam de conforto e não de raiva ou mágoa. Que eu possa ajudar aqueles que querem ajuda e mostrá-los que a verdade é uma necessidade. Que eles entendam o significado daquilo que tanto significa para mim: Um dia, um quarto. Que as pessoas que eu não esqueço jamais se esqueçam de mim. Que os meus dias mais felizes sejam os delas também. Que cada olhar que eu dê, reflita a minha alma e os sonhos de alguém que também precisa de ajuda, às vezes. Que eu possa cumprir todas as promessas que fiz e que sejam leais a mim todos a quem eu fui leal. Que a amizade verdadeira seja eterna. Que o amor verdadeiro seja eterno. Que as lembranças felizes sejam eternas. Que o tempo conserte todo coração partido ou dor do passado.

Eu pedi para a vida me mostrar o caminho certo, mas ela nunca me respondeu. Eu pedi a um deus qualquer um pouco de misericórdia e compreensão, mas ele jamais esteve presente para mim. Eu pedi sinceridade, mas recebi mentiras. Eu pedi alegrias, mas guardei tristezas...
Só depois de tanto tempo eu pude ver o que realmente existia. Eu encontrei a mão que eu sempre precisei. A ironia disso é que ela sempre esteve ali, me esperando, e eu sequer consegui ver. Esteve sempre ali, no final do meu braço. Tantas vezes ela enxugou as minhas lágrimas e foi mordida por medo, ansiedade ou dor.

A vida não me deu e nunca me dará as respostas que eu quero. Nada nunca vai ser fácil, mas também não precisava ter sido tão difícil. Eu aprendi a achar o meu caminho, a me abraçar, a chorar sozinha, a me dar colo e me entender. Eu aprendi tanto e esqueci tanto. Eu não vou deixar lembranças para muitos, mas eu vou saber que eu existi. De alguma forma, eu existi mesmo! Eu existi porque fui de verdade. Ser de verdade é errar, chorar e aprender. É não desistir quando tudo te leva a isso, mas também é perceber que insistir muito no que não te merece é burrice. É saber que você vai amar da sua forma e que vão te amar da forma deles e talvez até seja na mesma intensidade. É saber que não vão gostar de você, que vão querer te sufocar e reprimir, mas assim é o jogo. É perceber que você pode conquistar o que mais deseja e ter apenas que agradecer a você mesmo por isso. É ter sonhos, sonhá-los, realizá-los e sonhar mais. Sonhar sem parar. A vida não é feita de sonhos, porém nunca disseram que sonhar faz mal.

Deve ser porque não faz...

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"Já não me preocupo
se eu não sei porquê .
Às vezes o que eu vejo
quase ninguém vê .
E eu sei que você sabe,
quase sem querer,
que eu quero o mesmo que você!"

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Então, em dias como estes, eu olho para o céu e grito dentro de mim: "Ah! Como eu queria que você estivesse aqui!"

quinta-feira, 31 de julho de 2008

YouShouldOpenYourEyes...

Que o tempo que eu passei chorando não tenha sido em vão, porque todas as pegadas que deixei têm uma história. Memórias do tempo em que era triste. Memórias do tempo em que negro era a cor do meu mundo. As coisas que escrevo são mistérios de um alguém. Descobrir-se é uma missão para alguns. Para outros, descobrir o mundo é a ordem. Aprender a lidar com as derrotas, com os medos e perdas. Saber que arriscar não é certeza de nada, mas já é melhor do que ficar parado. Acreditar que a liberdade tem um preço e só você pode pagá-lo. Ver o mundo por lentes coloridas, finalmente. Ser como as borboletas. Pousar de flor em flor, mas nunca se esquecer de onde veio e para onde pretende ir. Nunca esquecer daqueles que amou e saber que o todo fim indica um novo começo. Saber que existem coisas sem preço, sorrisos sem descrições e abraços inenarráveis. Memórias de quem não esquece da infância, do perfume, do sabor, da cor. Memórias de quem sente saudades do futuro. Memórias de quem lembra de segundos com pessoas incríveis. Memórias de quem errou para aprender e de quem aprendeu a errar. Memórias de um eu tão indiferente e calado, ao mesmo tempo tão preocupado e dedicado. Memórias de mais um grão de areia, de mais uma estrela no céu. Memórias de alguém que ama promessas. Memórias de quem já foi o que quis e ainda não é o que sempre quis ser. Memórias de uma mente complexa, de um coração aberto, de palavras e gestos sinceros. Memórias de quem teme perder o próprio jogo e, principalmente, aqueles que ama. Memórias de quem sabe que não existe nada além dessa vida e que nada vai levar dela. Memórias de alguém que quer o infinito. Memórias de quem a curiosidade é eterna e nunca se cansa de saber o que não deveria. Uma vida, um rio, um sol, um luar. Uma eternidade efêmera. Uma ruptura contínua. Um paradoxo que se completa lentamente. Uma vida que se destrói, mesmo sem querer. Um planta que não se sustenta sozinha. Um céu dourado. Um mar estrelado. Um início sem meio nem fim. Um revolução em mim. Um eu, tão somente eu, tão teu e sem mim.


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E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor...
e a outra metade... também!


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Bendito seja aquele que deu significado aos nomes!

"Natália: Latim, Natalis, dia natalício. Só consegue amadurecer depois de muito lutar para chegar a um equilíbrio entre a razão e o coração. Por isso muitas vezes é vista como uma pessoa inconstante. É fiel e exige que seja tratada com deferência."


segunda-feira, 28 de julho de 2008

One day, one room...

Um dia eu sei que você vai sentir falta da minha pele, do cheiro do meu perfume ou da forma como eu penteio o meu cabelo. Um dia, quando eu não estiver mais aqui, tudo irá mudar e você verá o quanto precisa de mim. Um dia você sentirá falta das minhas verdades, das minhas histórias sem sentido, do meu riso calado. Um dia você saberá como tocar o horizonte e vai lembrar de mim em cada gota de chuva que cair. Um dia você vai olhar da janela, ver a cidade cinza e lembrar dos nosso céu azul. Um dia você vai lembrar das promessas não cumpridas, das frases não ditas, dos medos em mim. Um dia você vai lembrar do sol que não vimos, das ondas que não pulamos, das estrelas que não contamos. Um dia você vai lembrar das minhas cicatrizes, entender porque eu era triste, achar a artista adormecida em mim. Um dia você vai pendurar quadros na parede, rabiscar folhas em branco e perceber que era feliz. Um dia você vai olhar fotografias, tocar uma melodia, levar flores para mim. Mas nesse dia, esse tão distante e breve dia, eu não vou estar mais aqui. Você vai querer chorar e não terá lágrimas para derramar por mim. Um dia você vai entrar numa igreja qualquer, reclamar da solidão, rezar uma oração e entender porque eu parti. A vida nem sempre tem sentido e assim, talvez, devesse ser. Não vai ser fácil para mim. Não vai ser fácil para você...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê..."

Acorde.
Quantas vezes você já viu o sol nascer?
Descanse.
Quantas vezes você quis não ter nada para fazer?
Ande.
Quantos lugares você visitou mas sequer consegue lembrar o chão em que pisou?
Observe.
Quantas flores você já esperou desabrochar?
Admire.
Quantas luas diferentes você já viu crescer?
Sonhe.
Quantas vezes a realidade não foi o bastante?
Confie.
Quantas vezes você achou que não podia confiar em ninguém e esqueceu de si mesmo?
Liberte-se.
Quantas vezes você sentiu que carregava o mundo nas costas?
Atreva-se.
Quantas vezes não arriscou com medo da derrota?
Perdoe-se.
Quanto de você mesmo você já perdeu por não admitir errar?
Apaixone-se.
Quantas vezes você deixou de sorrir por temer chorar?
Renove-se.
Quantos objetos você levou para consertar mas nunca se consertou?
Permita-se.
Quantas vezes você quis e deixou de fazer?
Encontre-se.
Quantas vezes você vacilou por não saber como você realmente era?
Lembre-se.
Quantas vezes você cometeu o mesmo erro por esquecer o que aprendeu?
Conforte-se.
Quantas vezes você quis chorar com alguém, mas ninguém esteve lá?

A maioria das pessoas se conforma em apenas existir, já que viver não é a tarefa mais simples. Porém, ser simples é mais do que existir: é viver para buscar a alegria nos detalhes e no brilho do que esquecemos na rotina. O mundo não é e nunca será como desejamos, mas a beleza das nossas memórias e dos nossos atos, somente nós poderemos construir. Se quer uma vida mais simples, comece a ser mais simples. Se quer lembranças boas, comece a fazer coisas boas. Nós somos mais do que as nossas ações e palavras, somos o que sentimos e pensamos. A humanidade nunca foi tão desumana, mas desistir agora é desistir de si mesmo.




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Coisas da vida...
Meus minutos de sanidade insana.
Meu paradoxo se completa.

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Vou ver se coloco uma das minhas fotos malucas no próximo post ;)

Beijoooo especial pra minha mãe, pro meu paai, pra minha vó, pras minhas amigas lindas e pro meu namorado lindo.

[Alguém lê meu blog??! Oo']