quinta-feira, 21 de agosto de 2008

NOBODY SAID IT WAS EASY...

As coisas que eu vi, ninguém mais conseguirá ver. Tudo que eu sinto está guardado em mim. Quando fecho os olhos, eu posso sentir. Todas as cenas passam novamente na minha cabeça e eu percebo, outra vez, que a vida não é brincadeira. Todo sangue que corre na veia, toda vida que corre na estrada. Nessa longa estrada, sem futuro definido, sem chão previsto, somos tudo e ao mesmo tempo, nada. E o que fazer se o corpo é frágil e não posso ter nada além dele? O que fazer se a felicidade não é plena e o tempo é curto demais pra vencer tudo que eu quero vencer? Eu não posso mais parar por aqui. Cada vez mais eu percebo que tenho que seguir. São muitos ao meu redor e muitos que precisam de mim. Mesmo sem saber, mesmo sem querer, eu vou. Vou porque ninguém nunca me disse que ia ser assim e já chegou a hora de acreditar em mim. Não há tempo pra se arrepender. Não há obstáculo pra me prender. Se meu corpo me permitir, eu hei de chegar, pois tudo da mente só depende de mim e dessa minha vontade louca de ficar. É preciso ser, mas não é preciso ter.
Eu não vou te esquecer, eu prometo. Sequer te dei a mão, mas eu nem posso me culpar. E por ti e por mim, por outros e pelo que não fomos, eu tenho que seguir. Era cedo demais pra dizer adeus. Agora, não há que se fazer. Fecho os olhos e elas vêem outra vez. Peço perdão por mim, peço perdão por você.


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http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/08/21/motorista_de_kombi_perde_direcao_sobe_em_calcada_atropela_quatro_na_penha-547865406.asp

Acorde às seis da manhã, saia de casa às sete. Olhe tudo a sua volta. Não veja os corpos no chão, evidente.
E assim você segue a vida...

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